Os mais carenciados a residir nos concelhos da Covilhã e de Belmonte vão continuar a receber ajuda alimentar mesmo depois do já anunciado fim das Cantinas Sociais, num total de 358 pessoas.
O Instituto de Segurança Social aprovou, em julho, uma candidatura ao Programa Operacional de Apoio às Pessoas Mais Carenciadas (POAPMC) dinamizado pela Mutualista Covilhanense e pelo Município da Covilhã, em estreita colaboração, numa parceria que envolve ainda o Município de Belmonte e mais cinco instituições.
A candidatura foi a escolhida para operar na aquisição, gestão e distribuição de géneros alimentares até pelo menos finais de 2019, num processo que assumiu características de um concurso público. Esta medida permitirá ajudar com cabazes alimentares quem mais precisa no território dos dois concelhos.
As restantes cinco instituições que entram na parceria são o Centro de Convívio e Apoio à 3ª Idade do Tortosendo, o Centro Social de Nossa Senhora da Conceição (Vila do Carvalho), o Centro Social Comunitário do Peso, a Fundação Centro de Assistência Anita Pina Calado e o Centro Social e Cultural de Verdelhos. A Câmara da Covilhã é a entidade coordenadora, as restantes são as mediadoras.
Nelson Silva, presidente da Mutualista Covilhanense – Instituição que foi a primeira do distrito de Castelo Branco a criar um refeitório social, em 2007, antes de existirem sequer quaisquer apoios nesta matéria –, explica que «a Associação só poderia estar na linha da frente deste processo, contribuindo nesta candidatura com toda a sua experiência em implementar respostas sociais para quem mais precisa».
«Tendo em conta que o Município da Covilhã e a Mutualista são parceiras no combate à exclusão social e à fome, através do Programa de Emergência Social, a Associação não hesitou em associar-se à autarquia, disponibilizando os seus recursos técnicos e humanos com vista à concretização de uma candidatura vencedora», acrescenta Nelson Silva. Entre 2007 e 2016, a Mutualista Covilhanense serviu mais de 200 mil refeições sociais.
As Cantinas Sociais, integradas no Programa de Emergência Alimentar, foram criadas em 2011. Com o novo Programa, os beneficiários vão deixar de frequentar as cantinas, onde até aqui eram servidas e/ou entregues refeições quentes, passando as instituições sociais a distribuir cabazes alimentares, possibilitando que as confecionem em casa.