A ISI – Iniciativa Social Integrada funciona num edifício de três pisos construído na década de 30 localizado no centro histórico da Covilhã. O imóvel foi doado à Mutualista da Covilhã por uma família de industriais do setor têxtil, a Costa e Moura, e requalificado em 2020. O edifício ganhou na altura o nome de Casa Moura, em homenagem à família.
É neste edifício dotado de vários dormitórios e gabinetes, bem como de um amplo espaço exterior, que concentramos o conjunto de respostas e projetos que desenvolvemos, que incluiu uma Comunidade Inserção.

A Comunidade de Inserção é uma resposta social desenvolvida no âmbito da ISI - Iniciativa Social Integrada, que visa proporcionar apoio e integração a pessoas e famílias em situação de vulnerabilidade, de marginalização e exclusão social. Este equipamento social oferece um ambiente seguro e acolhedor, onde os beneficiários desenvolvem competências sociais e profissionais, enquanto recebem o suporte necessário para reconstruir as suas vidas. A Comunidade de Inserção, com 18 camas, funciona desde dezembro de 2024 na Casa Moura, nas instalações que antes albergaram a Estrutura de Acompanhamento Temporário (2023-24) e a Casa de Acolhimento Especializada (CAE) para Crianças e Jovens Estrangeiros Não Acompanhados (C/JENA) (2020-2023).

O banco de roupa, também localizado na Casa Moura / ISI – Iniciativa Social Integrada, funciona a partir de doações, sobretudo de particulares, e visa ajudar os migrantes a iniciar uma nova vida no território, disponibilizando-lhes roupas para todas as estações do ano. O banco de roupa aceita doações de segunda a sexta-feira entre as 9h e as 19h30.

Criada em junho de 2023, a Estrutura de Acolhimento Temporário (EAT) funcionou na Casa Moura até dezembro de 2024, atuais instalações da Comunidade de Inserção e onde entre 2020 e 2022 esteve instalada a Casa de Acolhimento Especializada para Crianças e Jovens Estrangeiros Não Acompanhados (C/JENA). A EAT, resposta protocolada com o Instituto de Segurança Social (ISS), dispunha de 30 camas. A missão desta resposta foi a de acolher provisoriamente migrantes e refugiados encaminhados pelo ISS que já se encontravam em solo nacional e auxiliá-los na sua integração socioprofissional. Passaram pela EAT 64 cidadãos estrangeiros.

A Casa de Acolhimento Especializada (CAE) para Crianças e Jovens Estrangeiros Não Acompanhados (C/JENA) funcionou durante dois anos na Casa Moura, entre 2020 e 2022. Foi a primeira experiência da instituição no campo das Migrações e surgiu na sequência de um convite do Estado português que na altura, através de protocolos celebrados com entidades do Terceiro Setor, proporcionou a abertura de 5 Casas de Acolhimento Especializadas em Portugal para receber 500 menores oriundos de campos de refugiados da Grécia no país, entre as quais a da Mutualista da Covilhã. Pela CAE da instituição passaram 32 jovens, de várias nacionalidades.

O Balcão de Apoio ao Migrante / Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes (CLAIM) Mutualista foi um projeto que funcionou na Casa Moura em parceria com o antigo Alto Comissariado para as Migrações (ACM) e com financiamento do Fundo para o Asilo, a Migração e a Integração (FAMI). O projeto, iniciado no segundo semestre de 2021, foi criado para prestar apoio documental, jurídico, social e outros à comunidade migrante. Foi interrompido em março de 2024, aguardando-se financiamento para que possa vir a ser retomado.