Concluímos o processo de vacinação na Associação de Socorros Mútuos Mutualista Covilhanense sem registo de casos COVID-19. Conseguimos assegurar a máxima segurança de quem está ao nosso cuidado e não defraudámos as famílias que acreditaram em nós.
Não podemos baixar a guarda, temos de manter os cuidados nos limites, mas acreditamos que vamos viver um período de maior confiança, agora que a nossa Estrutura Residencial está mais segura.
Importa salientar que estes resultados são consequência direta de uma entrega profissional e humana das nossas equipas, que muito nos orgulham. Desde março de 2020 que trabalham no limite do esforço físico e mental, suportando situações de stress pela responsabilidade que tinham em mãos – vidas humanas. Merecem o nosso louvor e reconhecimento.
A Mutualista Covilhanense passou por momentos de angústia e dúvidas. Mas, com determinação e empenho, foram tomadas decisões fundamentais para que fossem preservadas a saúde e o bem-estar dos nossos idosos. Promoveram-se medidas de controlo sanitário rigorosas a todos os que circulavam no edifício; investiu-se em equipamentos de proteção individual; avançou-se com testagem regular à COVID-19 entre colaboradores e utentes (mais de 500 testes realizados); com sacrifício pessoal, as equipas desdobraram-se em jornadas de trabalho “em espelho”; foram contratados novos trabalhadores; arrendou-se um espaço fora das instalações da Associação para acolher os utentes do Centro de Dia e evitar contágios entre os utentes da Estrutura Residencial. Todo este processo foi sempre acompanhado de forma muito próxima por parte das equipas técnicas e dos Corpos Sociais.
Em toda esta pandemia, o nosso Centro Clínico e a nossa Farmácia Social estiveram sempre a funcionar, mantendo o apoio farmacêutico aos sócios e assegurando entregas gratuitas de medicamentos ao domicílio.
“ZERO” casos de COVID-19 na Mutualista Covilhanense!
Mas, nada disso foi notícia. Salvar vidas humanas parece não entrar nos critérios jornalísticos de muitas redações, mas “denúncias anónimas” (ou não tão anónimas assim), levaram jornais e televisões a questionar os critérios que fizeram com que parte dos nossos Corpos Sociais fosse vacinado. Não perguntaram o trabalho que ali desenvolviam, perguntaram apenas se tinham sido vacinados. Respondemos sempre com transparência. Damos hoje a mesma resposta:
Sim, no seguimento da política de apertada segurança que sempre implementámos, a Direção da Mutualista foi vacinada, assim como o Presidente da Assembleia Geral, que, neste momento de crise, felizmente, é presença ativa e constante nesta organização. A pandemia exigiu esforço redobrado, maior presença de todos para os atos de gestão numa situação extraordinária, para a tomada de decisões de emergência e acompanhamento de vários projetos sociais com idosos. A presença regular e sistemática dos dirigentes junto com os trabalhadores, colaboradores e equipas técnicas, que partilham espaços comuns na zona residencial, assim o exigia e continua a exigir. Esta é uma casa que envolve muita gente (200 pessoas diariamente), que tem enormes responsabilidades humanas e financeiras, que trabalha no terreno 24 horas por dia, sete dias por semana, 365 dias por ano, pelo que é impossível uma simples gestão à distância, em teletrabalho. Com bom-senso, qualquer pessoa entenderá isso.
Nunca será demais recordar que as vacinas não visavam à defesa dos dirigentes e colaboradores, mas sim à segurança dos utentes. Aqui chegados, importa destacar:
- A lista que identificou as pessoas a serem vacinadas foi remetida pela Mutualista Covilhanense para a Segurança Social e ACES Cova da Beira;
- Nessa mesma listagem, foram indicados todos os utentes da Estrutura Residencial, todos os colaboradores com intervenção no edifício residencial e os membros dos Corpos Sociais que participam ativamente na Instituição;
- Foi seguida a orientação de 16 de dezembro de 2020 da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) para vacinação dos dirigentes ativos;
- A vacinação foi assegurada por enfermeiras do Centro de Saúde da Covilhã e não houve sobras de vacinas;
- Não foram ministradas vacinas a ninguém fora da lista oficial – como poderá ser confirmado pelo ACES Cova da Beira;
- Seguindo as orientações da Segurança Social, a vacinação integrou apenas os utentes da Estrutura Residencial, deixando para fase posterior os utentes do serviço de Apoio Domiciliário e Centro de Dia;
- O processo de vacinação contra a COVID-19 arrancou nas instalações da Mutualista Covilhanense no dia 19 de janeiro de 2021 e foi concluído no passado dia 9 de fevereiro de 2021;
- A norma regulatória do processo de vacinação contra a COVID-19 foi emitida pela Direção-Geral da Saúde (DGS) apenas no dia 30 de janeiro de 2021, ou seja, quando a larguíssima maioria dos processos de vacinação, inclusive na Mutualista, já se encontrava em execução a nível nacional;
- Todos os elementos dos Corpos Sociais atuam de forma voluntária e não remunerada (Pro bono).
Queremos sublinhar que foi um processo claro, transparente, supervisionado pelas entidades competentes (Saúde e Segurança Social) e sempre em nome do mais importante: a saúde dos nossos idosos. Este é o ponto fundamental que parece esquecido por muita gente.
Fomos mais tarde confrontados com notícias falsas, pejadas de injuriosas acusações que muito ofenderam quem connosco trabalha, os nossos associados e todos os que reconhecem o nosso trabalho.
Em consequência deste ataque e em defesa da verdade e do bom nome da Mutualista Covilhanense, estamos a formalizar diversas iniciativas judiciais contra os jornais, televisões e todos aqueles que tentam a coberto do anonimato denegrir o prestígio desta Instituição.
Aos nossos associados, utentes e os seus familiares, clientes e trabalhadores deixamos uma garantia: a nossa missão é cuidar dos idosos, dar-lhes o máximo carinho e a dignidade que merecem nesta fase das suas vidas. Honramos os 125 anos de história da Instituição, oferecendo um serviço profissional e que tem sido merecedor de inúmeros prémios e reconhecimento a nível nacional.
Continuaremos firmes na ‘linha da frente’ contra o novo coronavírus e contra o velho vírus da calúnia.
Direção da Mutualista Covilhanense