Os associados da Mutualista Covilhanense aprovaram por unanimidade, na Assembleia Geral de 22 de março, o Relatório e Contas de 2017 apresentado pela Direção, com um resultado líquido positivo na ordem dos 6.400 euros. O documento reflete uma inversão do ciclo de sucessivos resultados negativos que se vinham registando nos últimos exercícios. Pela primeira vez na sua história, a Associação conseguiu gerar proveitos num montante superior a 1,6 milhões de euros, o mais alto de sempre.
As Contas apontam para uma forte recuperação financeira em comparação com 2016, cujo resultado líquido foi negativo em cerca de 4.900 euros, e sobretudo com 2015, que se cifrou nos 169 mil negativos. Quanto ao EBITDA, mais que duplicou face a 2016, passando de pouco de mais de 53 mil euros para 115 mil em 2017.
O Presidente da Direção, Nelson Silva, explica que os números espelham «uma gestão rigorosa, empenhada e cuidada, em que se deu primazia não só à continuidade de implementação de importantes medidas de contenção financeira ao nível da gestão corrente, com especial enfoque no último semestre, como também à aposta na procura de mais fontes de rendimento». Em 2017, todos os serviços e valências da Instituição registaram mais procura: as valências de apoio à 3ª Idade, em concreto o Centro de Dia e o Serviço de Apoio Domiciliário, o Centro Clínico, a Unidade Móvel de Saúde e a Farmácia. Em relação á Farmácia, cresceu nas vendas e no número de atendimentos, pelo quarto consecutivo. As vendas aumentaram de perto de 417 mil euros em 2016 para 450 mil e 500 euros em 2017, enquanto os atendimentos passaram de 26.860 para 27.282.
«Paralelemente, a Associação intensificou a sua atividade, criou novas parcerias estratégicas e promoveu um conjunto de investimentos relevantes, numa ótica de melhoria contínua das valências e serviços que presta aos seus associados, familiares e utentes das Respostas Sociais», salienta Nelson Silva. Entre os investimentos contam-se a criação da Sala Snoezelen e do Gabinete de Apoio ao Familiar e à Pessoa Doente de Alzheimer (GAFPDA), ambos integrados no projeto “No Horizonte das Demências”, ou a requalificação do Jardim D. Bárbara, com a criação de hortas geriátricas e percursos sensoriais.
O projeto “No Horizonte das Demências” valeu inclusive em 2017 dois prémios nacionais à Associação: o 1º lugar dos Prémios ao Valor Social (Fundação Cepsa) e o “Inovar para Melhorar” (União das Mutualidades Portuguesas). Entre junho e dezembro, o GAPFDA realizou 59 atendimentos em gabinete, 55 via telefone, 24 acompanhamentos em sala snoezelen e 11 sessões de esclarecimento sobre a doença nas aldeias e IPSS do concelho, em articulação com o serviço da Unidade Móvel de Saúde. «Só com mais e melhores serviços é possível continuar, como até aqui, a angariar novos associados, mais utentes para as Respostas Sociais e também a aumentar a afluência ao Centro Clínico e à Farmácia», explica Nelson Silva.
O ano de 2017 coincidiu também com a implementação de serviço regular da Unidade Móvel de Saúde em nove localidades do concelho, organizado em itinerários, um projeto que conta com 25 parceiros, entre os quais a Câmara da Covilhã. A Unidade Móvel realizou um total de 2529 rastreios/atos de enfermagem, 42 ações de sensibilização, 89 consultas médicas em Trigais e 13 consultas de psicologia. Foram angariados 255 novos associados. «A Unidade Móvel de Saúde é um projeto estruturante e que continua em expansão», refere o Presidente da Direção.
No campo social, destacaram-se ainda a continuidade do Programa de Emergência Social, o alargamento do projeto de “Teleassistência ao Domicílio” à atuação dos Bombeiros da Covilhã, a introdução do Programa de Saúde e Visual “OuViste? – Ver melhor, Ouvir Mais”, com consultas grátis de Optometria e Audiologia, e o arranque do POAPMC – Programa Operacional de Apoio às Pessoas Mais Carenciadas, que veio substituir as Cantinas Sociais e do qual a Associação é parceira como entidade mediadora.